Foi-se o tempo em que a religião era valorizada não
apenas por sua história, mas, principalmente, por defender valores morais e
éticos. O que vivemos hoje deixaria muitos dos “heróis da fé” constrangidos ou
até mesmo envergonhados. Será que tantas lutas pela liberdade religiosa têm
sido em vão?
Atualmente, a religião serve de entretenimento,
anestésico, interesses políticos e até comerciais. Mas não vou entrar nesse
assunto, já tem muitos sites e blogs que fomentam isso por aí. Nesse texto
quero, simplesmente, tentar - eu disse tentar - esclarecer o nosso
posicionamento diante de tudo isso.
No momento da crucificação de Cristo, diferentes
tipos de multidões estavam presentes ali. Marcos 15, por exemplo, fala que uma
multidão zombava de Cristo já crucificado. Aquela multidão ria dEle e O
desafiava a descer, já que realmente se considerava Filho de Deus. Os cristãos,
seguidores de Seus ensinamentos também estavam lá, mas em meio a tanta
zombaria, eles se calaram e não defenderam o seu Senhor. Lucas 23 fala de uma
multidão de críticos. As pessoas críticas detectam algo errado e só falam sobre
isso. Agindo assim, deixam de confiar em Deus e passam a duvidar de tudo. Vamos
entender uma coisa: críticas, a não ser que venham acompanhadas de boas
sugestões, não ajudam a solucionar o problema e ainda pioram a situação. Jesus
estava na cruz e os fariseus, por mais que conhecessem as Escrituras, ainda O
criticavam. Finalmente, João 19, fala da família de Jesus que ficou aos Seus
pés, presenciou todo o Seu sofrimento e, apesar da dor e da contrariedade do
povo, se manteve firme, se manteve fiel. Estar perto do Senhor às vezes não
alivia a nossa dor, mas estar longe dEle, mesmo O conhecendo, é ainda pior. É
cegueira, é hipocrisia.
Esse é o nosso maior desafio hoje: manter firmes
nossas convicções em Cristo. Fazer a diferença, como Ele fez. O mundo, as
pessoas, a sociedade em geral, não conspira a favor do verdadeiro evangelho,
mas é preciso saber de que multidão você faz parte: da multidão que se cala
diante da banalização da Palavra; da multidão que assiste tudo de camarote e,
apesar de conhecer a verdade a critica; ou da multidão que conhece seus valores
e se mantém fiel a eles até o fim.